Como o esperado, a estiagem que assola o Rio Grande do Sul combinada ao calor acima da média até mesmo para a estação está afetando a produção rural no estado. Além da agricultura, o segmento da pecuária também deve sofrer prejuízos, principalmente por conta da redução da quantidade e qualidade da pastagem que acarreta uma necessidade maior de suplementação nutricional.
Pensando nas dificuldades atuais, e nas que ainda se aproximam, trouxemos hoje algumas dicas de como diminuir o prejuízo que a crise hídrica deve trazer com utilização de cochos, bebedouros e outras tecnologias em infraestrutura agropecuária. Vamos lá?
Seca e enfraquecimento da pastagem: consequências na pecuária
Já mencionamos que o principal vilão da pecuária deve ser o enfraquecimento da pastagem, mas, além das implicações diretas na alimentação animal, que outras consequências a secagem do pasto pode trazer?
Esse enfraquecimento pode e deve prejudicar tanto a pecuária de corte quanto a de leite, já que a alimentação dos bovinos afeta diretamente a quantidade de produção de leite e, para evitar a sobrecarga dos animais, o desmame de terneiros é feito precocemente, acarretando a necessidade de suplementação alimentar ainda durante o desenvolvimento.
Por mais que essa suplementação auxilie no engorde do gado, esses terneiros tendem a se desenvolver mais lentamente e demorar mais tempo que o esperado para o apronte, o que resulta em um atraso no cronograma de produção.
Agora que já entendemos as consequências da estiagem, você deve estar se perguntando quais são as perspectivas dos especialistas em relação ao assunto, e, infelizmente, não há uma previsão de melhora imediata.
Durante essa semana, o número de municípios que declararam situação de emergência por conta da seca no Rio Grande do Sul subiu para 200. E a situação deve piorar, já que a estiagem no estado deve durar mais algum tempo e pode trazer prejuízos ainda mais severos, como a falta de água até mesmo para dessedentação do rebanho.
O que fazer para diminuir o prejuízo?
Neste cenário, fazer uso de equipamentos e tecnologias que potencializem a produção e a economia de insumos é ainda mais importante e se torna uma maneira de amenizar os prejuízos que essa crise hídrica deve trazer.
Os cochos de concreto, por exemplo, evitam o desperdício de ração por ter design pensado considerando a movimentação rotineira de animais de grande porte, além de serem de fácil higienização, o que diminui também o descarte de alimento.
Outro equipamento que também deve ser considerado neste cenário são os bebedouros de concreto, que possibilitam a dessedentação animal diminuindo a necessidade de manutenção de barragens e outros sistemas de água represada, que devem secar consideravelmente por conta do clima.
Ainda há opções como os cochos de suplementação, que possibilitam uma instalação descentralizada ao longo do campo, e facilitam a alimentação de rebanhos dispersos.